quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Segurança Eletrônica no RN, um mercado em expansão.

Ivana Bezerra - Presidente do SIESE-RN
A Segurança Eletrônica em nosso estado, assim como no Brasil, é uma atividade muito recente, as empresas do setor ainda não atingiram sequer duas décadas de existência. No entanto, podemos destacar que a rápida evolução do setor tem acontecido pelos quatro cantos do nosso país. No Rio Grande do Norte não seria diferente, o crescimento de nosso estado, e por consequência a violência urbana, fomentam soluções para uso da tecnologia. Hoje vimos em quase todo semáforo uma câmera de alta resolução operada por um policial que fica no quartel de olho no que acontece nas ruas da cidade. O rápido crescimento de nosso centro urbano cria necessidades que podem ser solucionadas com o uso de equipamentos eletrônicos de segurança, hoje em dia não podemos nos imaginar viver sem equipamentos como sistema de alarme monitorado, câmeras de segurança, interfones e outros dispositivos que já se familiarizam na rotina de vida de cada um de nós. Estamos na fase de adotar estas soluções também nas necessidades de segurança do cidadão comum. Temos no Rio Grande do Norte, mais de 30 empresas formais que oferecem o serviço de monitoramento de alarme e pra mais de 200 as que instalam equipamentos tais como câmeras, cercas e controle de acesso.

O SIESE-RN Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Rio Grande do Norte, foi criado para representar os empresários do setor, temos como meta alcançar a totalidade do quadro associativo, trazendo a qualificação e normatização para todas as empresas do nosso setor. Sou fundadora e estou atual presidente do SIESE-RN, começamos este trabalho em 2009, quando um grupo de empresários com propósito de organizar o mercado se uniu e constituiu esta entidade que defendemos com todo carinho. A ajuda da ABESE - Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, foi e está sendo de maior importância, tanto para a criação de nosso sindicato com orientações de como devíamos proceder, como para a manutenção e motivação do SIESE-RN. Todo ano nós recebemos o Simpósio ABESE Nordeste em nossa cidade, também tivemos o Seminário do Selo de Qualidade ABESE, tudo isso com apoio direto do SIESE-RN no intuito de qualificar os empresários do setor.

Um dos importantes papeis do nosso sindicato é a defesa de seu segmento, e comumente a atividade de sistemas eletrônicos de segurança tem sido confundida com a atividade de vigilância privada, coisas totalmente distintas. A vigilância é regulada pela Lei 7.102/83 e tem suas ações muito bem definidas, além de depender da autorização do Departamento de Polícia Federal para funcionamento. As atividades de sistemas eletrônicos de segurança não estão subordinadas aos ditames da respectiva Lei e tampouco dependem de autorização do Departamento de Polícia Federal para funcionar.

Temos em nosso beneficio o Projeto de Lei 1759/2007, criado pela ABESE e que tem o apadrinhamento político do Deputado Federal Michel Temer (PMDB-SP), foi criado para regularizar a atuação das empresas que integram nosso mercado.

Portanto, temos nos empenhado ao máximo para esclarecer ao mercado, aos consumidores e muitas vezes aos empresários de ambos os segmentos que são atividades diferentes.

Estou feliz também com a criação da FENABESE - Federação Nacional de Sistemas Eletrônicos de Segurança, que já foi fundada e atuará em âmbito nacional. Foi uma iniciativa da ABESE e tem total apoio do SIESE-RN. É pra mim um passo importantíssimo do nosso setor e trará consequências fantásticas para todos nós. A defesa e a representatividade do nosso setor depende de atitudes dos empresários e entidades como a FENABESE.

O mercado da segurança eletrônica tem obtido crescimento em todo o País, temos uma média de 13% de crescimento ao ano nos últimos 10 anos. Estamos otimistas com as previsões de crescimento da segurança eletrônica, não consigo enxergar nada que possa reverter esse quadro de otimismo no setor, muito pelo contrário, temos muitos fatores que nos deixam ainda mais otimistas, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, que sem dúvida demandarão muitos projetos e soluções em nosso setor.

Hoje vejo um grupo de empresários mais conscientes da necessidade de estarem se atualizando e se informando, preocupados em exercer suas atividades de forma mais correta e alinhados as boas práticas de gestão. Penso que o futuro das empresas do setor depende dessa consciência e que a união dos esforços fará a diferença. A menos de 5 anos atrás, não tínhamos sequer alguém que nos ouvisse e nos amparasse a nível local, hoje temos um grupo, que com objetivo comum faz o nosso sindicato ser esse porto seguro pro empresário do setor.

O simpósio Nordeste/ABESE que acontece anualmente, tem o objetivo de reunir os empresários do Rio Grande do Norte e estados vizinhos para debater idéias, trocar informações do setor, e discutir assuntos relevantes para o desenvolvimento das nossas atividade. Sempre temos a presença de palestrantes especialistas que nos trazem informações de gestão, de carácter jurídico, e técnicos que proporciona o crescimento do empresário local. Esse ano será no hotel Praia Mar e acontecerá nos dias: 20 e 21 de outubro de 2011. Esperamos lotar a casa, o nosso objetivo é informar e qualificar o maior número de empresários.

A minha felicidade será ver no futuro breve o seguimento da segurança eletrônica reconhecido em sua importância e valor, baseado em suas entidades representativas e amparado legalmente por lei específica que regulamente o setor.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Segurança privada não é a solução definitiva contra os crimes

Domingo, 04/09/2011 às 17h17

Para o vice-presidente da SIESE/RN, segurança privada é uma ferramenta auxiliar do poder público e não seu substituto.

Os crescentes índices de violência do estado e as limitações impostas ao seu aparato de segurança se não são os maiores, com certeza são dois dos principais fatores que vêm estimulando a contratação de empresas de segurança privada. Hoje, é comum a presença de vigilantes, armados ou não, na frente de prédios e escritórios controlando o acesso de visitantes. Câmeras de monitoramento, sensores de movimento e cercas elétricas em residências. Para a maioria das pessoas, segurança nunca é demais.

Porém, para o Vice-presidente do Sindicado das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Rio Grande do Norte (SIESE/RN), Robson Fontes, a contratação de uma empresa de segurança privada não substitui o trabalho das polícias. Para ele, a empresa tem um papel fundamental de reforçar este trabalho, por exercer um forte poder de intimidação e inibição de agentes agressores. “A segurança privada é uma ferramenta auxiliar do poder público, não seu substituto”, pontuou.

Ele explica que as empresas de segurança privada exercem suas atividades através da análise de risco e na elaboração de projetos de segurança que visam evitar ou minimizar as perdas patrimoniais. E ressalta que caso o sistema não funcione, as polícias Civil, Militar ou Federal são informadas para que realizem diligências no sentido de punir os responsáveis e recuperar os objetos roubados.

Fontes ainda comenta que a sensação de segurança vivida nos condomínios e residenciais realmente é maior, em virtude de uma integração da segurança física e eletrônica que é contratada pelos administradores. Porém adverte que contratar uma empresa de segurança privada não é a solução definitiva para se evitar perdas, furtos e roubos. Ainda de acordo com ele, os procedimentos e normas de segurança devem ser seguidos por todos, desde aqueles que efetivamente provêm a segurança aos funcionários e proprietários dos imóveis.

Um caso recente, que ilustra bem essa preocupação de Fontes, ocorreu no final de julho deste ano, quando a ex-esposa de um deputado federal, que mora em um condomínio de luxo na zona Sul de Natal, teve sua residência invadida por assaltantes, Após burlarem todo o sistema de segurança do condomínio, o bando levou uma grande quantia de dinheiro e jóias da vítima e saiu do condomínio, fugindo no veículo dela, como se fossem visitantes.Porém o tema “Segurança” não pode ser tratado apenas sob a ótica do investimento público em policiamento ou privado em equipamentos eletrônicos, mas como algo de responsabilidade de todo cidadão. Uma rua sem iluminação pode contribuir para o aumento de crimes naquele local, um funcionário desatento que deixa a porta de casa aberta enquanto varre a calçada contribui para a insegurança daquela família.

Os cuidados com a segurança pessoal ou patrimonial nunca são excessivos, principalmente quando o aparato do Estado é insuficiente para proteger o cidadão, e ele nunca deixará de ser, porque a população cresce, as cidades se desenvolvem e com elas, infelizmente, a criminalidade aumenta.

Por Tiago Medeiros

Fonte: nominuto.com

http://www.nominuto.com/noticias/policia/seguranca-privada-nao-e-a-solucao-definitivacontra-os-crimes/76158/